O FUTSAL ALGARVIO...
O Futsal Algarvio atravessa uma das suas melhores fases desportivas. Os clubes começam a apostar na formação da modalidade, ainda que de forma pouco consistente, e em alguns casos pouco organizada. Ainda se vêm muitos projectos para o imediato e acima de tudo virado para o resultado. O Futsal é uma modalidade muito específica, muito técnica, e se não houver um projecto alicerçado na formação, no trabalho de campo, na vertente técnico / táctica dificilmente se consegue ter sucesso, ainda temos um longo caminho a percorrer, assim queiram os responsáveis pelas instituições, clubes, técnicos e atletas.
O Algarve vive neste momento, nesta presente época uma boa fase, com 5 equipas nos campeonatos nacionais, com o principal campeonato do distrital aberto a 4 equipas, com uma segunda divisão com algum equilíbrio. Nos campeonatos jovens, aparece alguma qualidade no atleta Algarvio, e começamos a ver treinadores com formação “Na Formação”. No Futsal feminino, nota-se uma melhoria clara na qualidade de trabalho das equipas, tanto a nível de seniores como de juniores.
Mas a modalidade é feita de vários agentes. Todos se complementam, desde o dirigente, treinador, atleta e árbitro. O que noto e estou ligado à modalidade à 19 anos, é que houve uma evolução notória no atleta e no treinador, mas no árbitro, parecemos marcar passo. Reconheço que existem alguns bons árbitros no Futsal Algarvio, mas tal como os treinadores e os atletas necessitam de formação e aperfeiçoamento os árbitros não podem fugir a essa regra. Sei a dificuldade que é a angariação de novos árbitros, tenho consciência dessa grande dificuldade, mas por isso só, não podemos recrutar qualquer um para esse papel tão importante. E actualmente existem árbitros de muito má qualidade. Ao contrário do que ouço semanalmente não acredito que os árbitros prejudiquem equipas propositadamente em benefício de outros, o que vejo, isso sim é uma enorme incompetência, de pessoas que desconhecem as regras (quando deveria ser ao contrário), que se querem impor, que utilizam a arrogância e a autoridade que têm naqueles 40 minutos. As regras são claras, não existe espaço para a interpretação ou mudanças consoante o indivíduo que está a arbitrar o jogo. Não se pode transportar, de um jogo para o outro situações anteriores. Sei o quanto difícil é arbitrar um jogo e todas as dificuldades que os árbitros passam. Que a grande maioria tira dinheiro do seu próprio ordenado para suportar as despesas semanalmente, porque o que recebem nem sempre é pago a tempo e horas. Tudo isso é reconhecido, mas as competências não podem ser beliscadas, por motivos terceiros. A quantidade não é sinónimo de qualidade, os agentes responsáveis pelo recrutamento de novos aspirantes a árbitros têm que ser rigorosos. Por necessidade não se pode recrutar só para termos número. É notório que nesta época 2009/2010, muito poucos jogos não tiveram a presença de árbitros. Devem existir acções de formação rigorosas por forma a que os árbitros possam também eles evoluir, que sintam a importância que têm num jogo, sem terem que ser notados. O melhor árbitro é aquele que dirige um jogo sem ser o principal interveniente. ERRAR todos erramos o erro está intrinsecamente ligado ao ser humano. Por ultimo para finalizar, é importante que os responsáveis pelas nomeações ponderem as escolhas que fazem. Todos os jogos são importantes, mas alguns são decisivos no futuro da classificação, tanto a nível de descidas de divisão como na luta pelo título. Todos temos que evoluir. Todos os agentes desportivos devem ponderar qual o seu papel na modalidade. Não podemos semanalmente atirar para cima de terceiros responsabilidades.
In Futsal Luis Barradas
Sem comentários:
Enviar um comentário